Busca e Apreensão de veículos como funciona?

A busca e apreensão de veículos pode ser o maior pesadelo de um consumidor em situação de inadimplência. E, com a economia complicada como anda em nosso país, é muito comum sermos procurados por consumidores assustados com a possibilidade de perderem seus carros.

Com isso em mente, elaboramos este artigo para explicar como funciona a busca e apreensão de veículos, desde a contratação até a busca e apreensão em si por parte das financeiras.

Seu pesadelo começa no momento da contratação de seu financiamento de automóveis. Os juros baixos em comparação com outras modalidades de crédito tornam esta opção atraente, mas muitos consumidores não têm plena ciência das condições do contrato que estão assinando.

Quando você financia um automóvel, o está dando como garantia à financeira, caso você venha a atrasar parcelas. De acordo com a prática comum do mercado, a partir de 3 parcelas atrasadas em seu financiamento, você já está correndo o risco de sofrer uma busca e apreensão de seu veículo.

Mas a necessidade força o consumidor a aceitar essas condições e as financeiras abusam dessa vulnerabilidade do financiado.

Principalmente nas grandes capitais, o número de casos judiciais de busca e apreensão de veículos autorizados pela Justiça está crescendo. Isso é reflexo do aumento na inadimplência, situação que aflige todo o mercado consumidor brasileiro.

Com as finanças apertando, o consumidor acaba dando preferência para serviços básicos, como água, luz, gás e telefonia, deixando as contas mais caras e menos prioritárias para depois.

No entanto, a busca e apreensão de veículos priva você de seu carro, da mesma forma que sua fornecedora de luz privará você de energia elétrica caso você não mantenha os pagamentos em dia! E isso nós devemos ter em mente.

A partir do momento em que você atrasa sua primeira parcela, juros, multas e mora já podem ser cobrados em cima do valor da parcela. Isso, muitas vezes, já configura a prática ilegal dos chamados “juros sobre juros”, visto que o valor da parcela de seu financiamento já é calculado considerando os juros do contrato inteiro, mais os juros do atraso, mais multa e mora, são calculados em cima dos juros já calculados inicialmente no contrato.

E, com isso, sua dívida vai inflando.

Enquanto você vê seu problema aumentar perante seus olhos, novas parcelas vão acumulando, até que a financeira ou sua assessoria de cobrança resolva dar o próximo passo.

Você começa a receber aquelas correspondências “terroristas”, com ameaças e linguajar inadequado, inclusive contrariando os direitos básicos do consumidor.

Nesse momento, no caso de uma assessoria jurídica ou de cobrança, a financeira já está repassando para você os custos desse processo de cobrança, inflando sua dívida com o acréscimo de honorários e demais despesas relativas à cobrança das parcelas atrasadas.

O que torna a situação ainda mais difícil é a inflexibilidade das instituições cobradoras. Em casos de múltiplas parcelas atrasadas, muitas vezes o consumidor pode acertar algumas, mas não todas.

As financeiras, na intenção de inflar sua dívida e apreender seu veículo, não facilitam a negociação de sua dívida e obrigam você a acertar todas – ou quase todas – as parcelas atrasadas de uma vez. Para muitos consumidores endividados, essa realidade não é possível.

Nesse ponto, a financeira ou sua assessoria de cobrança já começa o procedimento de entrada no pedido de busca e apreensão de veículos.

E sabe o que as financeiras fazem com seu querido carrinho?

Revendem em leilões especializados em carros tomados por inadimplência e ainda conseguem descontar esse “prejuízo” que tomaram em seus impostos corporativos.

A verdade, caros leitores, é que as instituições financeiras são um negócio assustador. E, por isso mesmo, nós consumidores precisamos permanecer unidos.

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Sr. Emanuel Gonçalves – Consultor de Dívidas
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