Veículos Financiados

Veículos Financiados: Entrega Amigável é uma Roubada

Tem crescido cada vez mais os mandados de busca e apreensão de veículos financiados em todo Brasil, esta realidade vem estimulando uma pratica que vem causando enormes transtornos aos consumidores que são estimulados e até assediados pelas agências de cobranças e escritório de advocacia no sentido de que realize a “Entrega Amigável” dos seus veículos.

Os bancos e financeiras tem até formulários prontos e padronizados com título de “Termo de Entrega Amigável de Veículo” onde consumidores são convencidos com a falsa promessa de resolver suas pendências e ficar livre do constrangimento da busca e apreensão através do oficial de justiça.

Acreditando e confiando que este procedimento é uma solução, o consumidor acaba sendo convencido para realizar a entrega amigável do seu veículo e não sabe que na verdade está entrando em uma roubada.

Eles retomam o veículo financiado e ganham mais comissão por este procedimento e os Bancos e Financeiras passam o veículo adiante através de leilões ou revenda, mas continuam cobrando ao consumidor valores ainda pendentes intitulados como diferença de saldo do total da dívida.

Ou seja, o consumidor fica sem o veículo, sequer é informado por quanto o valor deste bem foi vendido, continua com nome sujo no SPC e SERASA e ainda é cobrado de valores absurdo denominados como saldo de pendente de pagamento.

Este procedimento jamais deve ser realizado porque longe de ser uma solução, na verdade aumenta mais ainda o problema do consumidor que fica completamente desapontado por ter sido enganado de forma escandalosa e isso é uma pratica rotineira em todo Brasil.

MEDIDAS JUDICIAIS

A solução nestes casos é recorrer ao judiciário através de uma ação adequada para restabelecer os direitos do consumidor, no sentido de não pagar a diferença dos valores absurdos que os Bancos e Financeiras cobram e ainda requerer uma indenização por danos materiais e morais em função da situação constrangedora e os prejuízos causados ao consumidor.

Não adianta entrar com uma ação frágil e carente de fundamentação, tem que levantar e obrigar o Banco ou Financeira informar por quanto vendeu o veículo, tem que calcular os valores das prestações já pagas, o valor da entrada que foi eventualmente pago quando gerado o financiamento e comparar tudo através do real valor do veículo e isso pode ser verificado através da tabela FIPE.

Agindo desta forma, com certeza, a justiça vai acatar os fundamentos da ação, determinar a retirada das restrições no SPC e SERASA, determinar a quitação da dívida e ainda aplicar um valor de indenização por danos materiais e morais.

O grande problema disto tudo é que a maioria das pessoas que se encontram nesta situação, não dispõe de recursos imediatos para contratar um advogado (a) competente, estão passando por dificuldades financeiras.

Neste caso, muitos advogados podem aceitar receber seus honorários no final da ação, sendo desta forma a melhor maneira para conciliar a situação do consumidor que finalmente terá a chance de corrigir a roubada que se meteu.

Emanuel Gonçalves da Silva

Consultor de Dívidas e Escritor

www.sosdividas.com.br/veiculos-financiados