Cinco Soluções Para Negociar Dívidas

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Estamos na melhor fase do ano para negociar dívidas, são cerca de 63 milhões de brasileiros com dívidas. Segundo a maioria das estatísticas, uns 20 milhões a caminho desta situação, ou seja, criando dívidas para pagar dívidas, desta forma, vamos apresentar neste artigo cinco soluções para negociar dívidas.

Em função desta realidade eu pensei o seguinte: ora, a população, os consumidores em geral ficam reféns dos credores quando chega o momento de negociar dívidas. Agem e realizam negociação de dívidas por influência e pressão e até para se livrar de situações vexatórias na cobrança dos débitos.

Por isso, resolvi escrever este artigo com as cinco principais soluções que considero infalíveis e fundamentais quando surge a oportunidade de negociar dívidas.

Primeira Solução para negociar dívidas.

Ganhar Tempo

As principais necessidades do devedor para negociar dívidas são: ganhar tempo, reduzir o valor e conseguir o máximo de parcelamento para pagamento.

Muita gente demonstra aflição em dívidas recentemente vencidas, ficam com ansiedade e começam a cometer erros e até aumentam o endividamento. Após uma longa trajetória de precipitações em contrair empréstimos em cima de empréstimos, o que somente elevam ainda mais suas dívidas.

Como exemplo, tem gente que ganha mensalmente 4 mil reais e está devendo até 40 mil reais. Somente parou de contrair empréstimos porque não conseguiu mais ter crédito na praça. A gordura de crédito esgotou e então foi obrigado a parar com suas dívidas totalmente estouradas.

Quem estiver passando por esta situação precisa saber que o tempo favorável para negociar dívidas é no mínimo daqui a seis meses em diante.

O ideal mesmo é a partir de um ano em diante quando então os credores começam a ceder e conceder descontos e parcelamentos possíveis de serem pagos.

Muita gente se assusta quando eu transmito esta orientação, sou bem objetivo afirmando: “você precisa parar de pagar a todos esses credores, exceto as dívidas e compromissos que envolvam a subsistência pessoal e familiar”.

Matemática é uma ciência exata e se seu orçamento está para lá de estourado. Não existe mágica, você precisa restabelecer seu orçamento. Sendo assim, tenha certeza que da mesma forma que suas dívidas vão crescer brutalmente nos valores, em compensação, mais na frente, os credores, bancos e financeiras irão reavaliar a situação.
Vendo que não receberam, resolvem lançar campanhas com descontos e reduções que variam de de 50% até 90% em muitas situações.

Reavalie seus hábitos

Enquanto isso, é fundamental uma reavaliação e mudança de habito no orçamento, priorizar as despesas essenciais. Tais como, alimentação, aluguel, prestação de imóvel e demais compromissos que envolvam a subsistência. Estas sim são despesas que devem e precisam de total prioridade.

Com excesso de dívidas, pelo menos seis meses a um ano é o tempo que você vai precisar para reorganizar seu orçamento. E guardar e economizar dinheiro.
Depois desse período, voltar a negociar dívida e voltar a pagar caso a caso com a cabeça fria e sem o desespero que levam a cometer erros consecutivos.

Um dos dez mandamentos do devedor que consta em meu livro Como Negociar Dívidas, consta o seguinte: “Se a situação está para lá de preta, dê tempo ao tempo, é o único remédio”.

Segunda Solução negociar dívidas.

Pressões abusivas

Tudo na vida tem seu ônus e seu bônus. Neste caso o bônus é que agindo desta forma conforme nossa orientação, as possibilidades a médio e longo prazo de recuperação são grandes. O ônus é justamente o excesso de pressão que certamente vai acontecer como acontece com todos os devedores no Brasil.

Lamentavelmente os credores ainda acham e agem com pressão de todo tipo. Isso leva muitos devedores ao desespero pelas ameaças mentirosas constantemente praticadas.

Costumo sempre repetir que “autoridade é quem tem conhecimento”, saiba que, 90% destas ameaças você está sendo vítima de crime conforme os artigos 42 e 71 do código de defesa do consumidor que diz o seguinte:

Lei 8078/90 Das infrações Penais:

O artigo 42 do CDC é claro quando diz que “Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça”.

No artigo 71, o CDC diz que “Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas, ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena: “Detenção de três meses a um ano e multa”.

Se você gravar as ameaças ou receber por escrito caracterizando estas situações, pode entrar com ação judicial contra a empresa credora.

Terceira Solução negociar dívidas.

Medo das ações judiciais.

O que mais atormenta os devedores nestas ameaças como forma de coação são aquelas transmitidas ostensivamente com ameaças. São essas que vai haver bloqueio on-line nas contas bancárias do devedor, entrar com ação judicial, em que o oficial de justiça irá penhorar os bens, como objetos da casa, etc.

Claro que o credor pode realmente entrar com medidas judiciais cabíveis, o que não pode é utilizar desta situação para aterrorizar as pessoas, isso é ilegal.

Além do mais, na prática, a maioria das dívidas nesta faixa de 2 mil até 10 mil ou mais um pouco, dificilmente os credores entram com ações judiciais devido às despesas com custas processuais e com advogados.

Por outro lado, estas dívidas a partir de seis meses de vencidas eles conseguem deduzir como prejuízo. Por este fato é que concedem descontos extremamente atrativos. Em muitos casos, os descontos chegam a até 90%, na medida que o tempo vai passando conforme mencionado no artigo acima.

Quarta Solução negociar dívidas.

Estratégia para Negociar Dívidas

Quando um credor através de seus representantes, como agências de cobranças e tudo mais lhe procurar para negociar uma dívida, vai apresentar o valor devido lá nas alturas. Não se assuste, isso é estratégia deles, jogar lá em cima para chegar onde interessa, você precisa saber negociar com a mesma moeda.

Por exemplo, uma dívida que era de 800 reais, após dois anos, eles cobram cinco vezes mais, depois diz que estão com uma promoção especial de 1,500 reais à vista. Nesse momento, você pode fazer uma contraproposta bem abaixo, menos de mil reais e ainda parcelar. Sendo possível pagar à vista, pechinche bastante que eles acabam percebendo que você sabe negociar dívidas e acabam aceitando.

Quinta Solução negociar dívidas.

Aprender com os erros.

Quem não aprende com o processo do endividamento estará fadado a jamais se equilibrar financeiramente. Não importa o quanto você ganhe, vai sempre gastar mais do que suas possibilidades e isso é uma realidade que precisa a todo custo de conscientização.

Muita gente, QUANDO APRENDEM COM OS ERROS, após passar por essa situação, não quer nem saber mais de cartão de crédito, usa o cartão de crédito pré-pago, se reequilibrando e vivendo de acordo com seu orçamento.

Claro que isto exige sacrifícios, reduzir despesas essenciais, criar comprometimento na família para cada um fazer a sua parte. Reduzir lazer que gere despesas, reduzir consumo de luz, água, telefone e outras variáveis, enfim, viver dentro da sua realidade.

Continuar somente colocando a culpa nos juros abusivos, nas cobranças vexatórias não é correto. Temos que assumir nossas responsabilidades e corrigir os erros que cometemos, que nos fez chegar ao endividamento. Aprender de fato e assim voltar a viver bem com saúde financeira.

Por

Emanuel Gonçalves da Silva

www.sosdividas.com.br

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